O meu pessimismo

Eu acho que como muitas pessoas que existem no mundo, sempre tive um pouco de medo de ultrapassar os meus próprios limites. Sempre tive medo de ficar sozinha e passar o resto dos meus dias perdida na minha solidão. Sinceramente as vezes eu ainda penso muito nisso, no que talvez vai ser da minha vida no dia de amanhã ou na semana seguinte.
Acho que me preocupo muito com o que pode acontecer e geralmente me preocupo muito com as coisas achando que como sempre elas não vão dar certo pra mim. Eu sei, eu sei. Isso se chama pessimismo, mas eu gosto de dizer que é a realidade. A meu ver, no tipo de mundo em que vivemos hoje não tem como ser muito otimista.
Pra mim quem é otimista em exagero é um tolo. Não tem como ser otimista 24 horas por dia. As coisas não são bem assim. A vida te ensina que é sempre muito bom manter um pouco seus pés presos ao chão. Faço isso muitas vezes porque estou cansada de levar um tombo atrás do outro. É uma espécie de proteção contra mim mesma e contra os meus sonhos que viajam demais.
Principalmente com coisas do coração. Ah, nesse sentindo eu sou uma completa idiota e cega. Quando eu amo, sou otimista demais, boa demais e sempre acabo caindo do cavalo. Isso é muito ruim depois até pra minha auto-estima.
Estou começando a aprender a ser um pouco mais firme, mais dona de mim. Não posso mais pensar que o primeiro cara que me aparecer vai ser meu príncipe encantado porque infelizmente príncipes encantados não existem mais, acho que nunca existiram. E certamente por esses tombos eu acabo exigindo demais da pessoa e prevendo o final do relacionamento quando ele ainda nem começou.
Estou sentindo que agora passo a ser extremamente pessimista. Mas o que eu posso fazer se ninguém me faz pensar o contrário? Se é que eu estou errada porque não surge alguém na minha vida que concerte os meus medos, a minhas manias, as minhas exigências e a minha solidão?