Segurando minha mão

E de repente nesse momento eu não sei o que fazer com essa tristeza que começou a me consumir. Eu nem mesmo consigo respirar direito ou saber o que é certo ou errado. O mundo parece que se fechou ao meu redor e eu não sei o que fazer quando a isso. As paredes enormes estão subindo cada vez mais e se aproximando de mim.

Eu não sei sorrir quando na verdade quero chorar. As pessoas me perguntam o que eu tenho como se fosse fácil responder depois. Tudo está nublado. Minha alma está chorando. Não sei o motivo certo.

Queria que ele estivesse aqui segurando a minha mão. Queria que de repente aparecesse na porta da minha casa pedindo desculpas, me dizendo que tudo foi engano, que me ama e que nunca mais vai me magoar.

Escuto um barulho na frente de casa e corro pra ver se é ele. Choro pela decepção de não encontrá-lo. Não vê-lo mais. A tristeza então me consome a cada dia.

Dentro de mim também habita a raiva por ser tola e achar que ele virá, que ele vai me mandar uma mensagem de celular ou pelo menos me ligar. Fico com raiva de mim mesma por acreditar tanto. Pensar que ele poderia me amar tanto. Pensar que ele poderia estar aqui comigo nos meus problemas, nas minhas duvidas, nas minhas tristezas.

Minha garganta está apertada. Vontade de chorar, mas eu quero me fazer de durona porque todos vão começar a perguntar se me virem chorando.

Eu quero apenas fugir desse lugar. Esquecer e ser esquecida. Ter um tempo pra mim depois de tantas brigas. Voltar a ter a alma alegre que sempre tive.