Sentir o perfume naquele travesseiro fazia com que ele se sentisse perto dela. Fazia com que ele quisesse vê-la a cada dia que se passava. Mas isso estava fora de seu alcance.
Tomar café da manhã sem poder olhar em seus olhos azuis era realmente torturador. A dor lhe percorria pelas veias. Uma dor tão forte que á todo momento sentia que poderia desmaiar. Com a xícara de café nas mãos, sua visão começou a ficar embaçada e lentamente as lágrimas começaram a lhe escorrer pela face. Uma a uma.
Pouco a pouco, ele foi se desfazendo. Debruçou-se na mesa e chorou desesperadamente. Não havia esperança e nem otimismo. Apenas dor e sofrimento. Seus sonhos todos despedaçados, sua alma estraçalhada e sua mente desesperada.
- Por que levaste ela e não a mim? – gritou enfim – Por quê?
Ele respirou fundo e soltou o ar como se pudesse tocar algo. Não imaginava que ela pudesse estar lá o observando com aqueles olhos azuis, longos cabelos loiros e um semblante calmo e meigo. Não imaginava que ela nunca tivesse o abandonado. Não imaginava que depois daquele instante de dor, eles novamente se reencontrariam.
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