Nada mais havia para ele ali. Tinha apenas um copo de uísque e o som das outras pessoas que se divertiam naquele bar.
Se sentia incompleto, confuso. Sua maior vontade era a de correr até ela e dizer o quanto ainda a amava. Tivera a chance e desperdiçou. Tivera o momento exato para beijá-la, e apenas deixou passar. Tivera a tarde mais linda ao lado dela. Agora se arrependia.
Ela nunca mais vai voltar. Cada um vai seguir o seu caminho, mesmo que este caminho seja um viver longe do outro para sempre.
Só que sempre é tempo demais.
Ele terminou de beber seu uísque, pagou o garçom, vestiu seu sobretudo e foi embora no meio da chuva que caía na escuridão da noite.
"No final do dia, não há muita coisa que separe a vida da morte. Apenas uma coisa: Eternidade"
Palavras sensibilíssimas. Eu me lembrei de uma noite em que olhei o mar - não tinha uísque, mas a vastidão do mar e do futuro que se descortinada era a mesma.
ResponderExcluirEntão imaginei teu personagem indo embora, simbolicamente, em direção a esse mar tão grande...
Quanta inspiração, minha querida amiga, tu a cada dia escrevendo melhor.
ResponderExcluirSeu texto foi triste, mas muito lindo, muito gracioso, como só tu sabes fazer.
E a frase no final foi muito boa, adorei.
Um grande abraço,
Átila Siqueira.
Se estilo é tão "seu".
ResponderExcluirIsso é bom, não sei se porque já li tantos textos seus que posso ler duas palavras e exclamar:
"A Aninha que escreveu isso, tenho certeza."
Parabéns, está se tornando uma poetisa excelente.
Abraços.